terça-feira, 29 de setembro de 2009

A MONTANHA PARIU UM RATO

Alguns minutos depois de ter ouvido a bela comunicação do Presidente de República de Portugal, retiro, sem querer destacar as críticas a alguns membros do Partido Socialista, esta frase:
-«e onde está o crime?» de um assessor ter expressado opiniões pessoais?»
Eu, em amabilidade que hesitarei repetir, respondo. Não está, a responsabilidade criminal não está. Desculpem, a não confirmarem-se os factos da tal opinião pessoal, acho que no mínimo estará cometido o crime de Difamação. De quem? Dependerá do alcance da tal opinião pessoal, mas ao citar a viagem dum membro do Governo na comitiva presidencial numa viagem à Madeira, penso que o difamado será o Governo. Desta guisa, há um crime de difamação do Governo, cujo autor material é o tal assessor, já que nem o próprio Presidente da República acredita que haja tal vigilância.
Além desta minha resposta à triste pergunta dum gago e decrépito Economista (daí que não saiba qual o crime) é muito grave que alguém que trabalha na Casa Civil do Presidente, há data como chefe do gabinete de Imprensa, ache que o Palácio de Belém é escutado ou vigiado pelo Governo. É uma opinião pessoal que não se pode permitir, nem o Presidente poderia tolerar. Tolerando-a é cúmplice com ela e a demissão do tal assessor não basta (sempre dizendo que o demitiu apenas porque falou em nome do Presidente sem autorização, não tendo em conta o conteúdo do que disse).
Não grito pela urgente avaliação médica das capacidades físicas e psíquicas do Presidente, mas por uma básica aula do princípio da confiança na relação institucional entre os vários órgãos de soberania de Portugal. Não o dominando, não pôde manter-se no cargo. Digo eu, que sou anónimo, ou melhor, alienado. Calem-no ...


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Está esmiuçado!

Dia 28 de Setembro, acordará o país com nova maioria parlamentar do partido socialista. Não se fundamenta tal prognóstico na sondagem hoje conhecida, mas antes numa imensa capacidade analítica deste observador anónimo, sem créditos dados (até porque não sou nenhum banco, nem no sentido de se deixar ser sentado).

Na cadeira do poder, só me domina a dúvida da vitória socialista ser estribada numa maioria parlamentar absoluta ou relativa, tudo dependendo da quantidade e maior ou menor profundidade do quilate das frases do homem de palha do PSD (no caso uma mulher e no caso, surpreendentemente, superando o tradicional homem de palha, já que, com um bom resultado nas europeias, revelou, aos seus compinchas de partido, que terão de a suportar durante mais tempo, dando-lhe "carta branca" na condução da campanha do PSD e até na escolha das listas de candidatos a deputado e até deixando ouvir-se o anão político Aguiar Branco).

Vector também decisivo na questão da maioria absoluta/relativa socialista a quantidade de votos do Bloco de Esquerda, sendo que neste particular e pese embora se mantenham como terceira força política, os seus resultados (em termos percentuais) serão inferiores aos alcançados nas Europeias, já que não beneficiarão do voto de admoestação ao Governo, no típico exercício de aliteracia/iliteracia democrática dos portugueses, que tornam sinónimos parlamento europeu e censura ao governo de Portugal.

Destarte, antevejo uma maioria parlamentar absoluta socialista. A corroborar pela realidade.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Bola em duas linhas

Começa o defeso marcado pelo Messias, não o do Barcelona, mas o vizinho do Luís Filipe Vieira, qualidade que conjuga com a de treinador da equipa sénior do SLB, que tem imposto pesados castigos neste início de campeonato, ocorrendo-me duas dúvidas: até quando durará o combustível e a força física(e a consequência dum pico de forma tão precoce)?Como reagirá o frágil e pouco blindado balneário benfiquista aquando de três ou mais maus resultados consecutivos?

Em Alvalade, mora o incerto, inquilino rotineiro do SCP, numa já perene inconsistência exibicional, tudo (por tudo entenda-se a possibilidade de ser campeão) dependendo do balanço que resulte dos próximos dez jogos.

No FCP, Lucho no Marselha, Lisandro e Cissoko no Lyon, surgem, em resposta, Álvaro, Varela, Bellushi e Falcão. De todos, o menos apto é o Álvaro no capítulo defensivo (a ver se esta terça, contra o Chelsea, me engano),o que não belisca a séria previsão dum FCP pentacampeão, porquanto apresenta melhor plantel e exibe um colectivo que demonstra ser mais que o somatório dos jogadores individualmente considerados.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Apartados pelo Destino - O Rockeiro das Caxinas

Matthew Bellamy -----------------------------Hélder Postiga
(vocalista dos Muse) --------------------------(jogador do Sporting C. P.)

Corria o mês de Setembro do ano da graça do Nosso Senhor de 1984, quando as inesperadas vagas do destino mudaram para sempre esta família de prestigiados pescadores Vila Condenses. Como era seu costume, Manuel Postiga levara para a faina os seus dois filhos gémeos, de dois anos de idade, Adérito e Hélder.
Já o sol do meio dia tisnava a testa suada do pai Postiga quando este se preparava para recolher a última rede carregada de sardinhas.
Os dois petizes, sentados na proa da traineira, entretinham-se a retirar pequenos peixes presos nas redes.
De súbito, uma onda mais forte sacudiu a pequena embarcação e lançou os dois miúdos pelo ar. Hélder caiu dentro do barco. Menos sorte teve Adérito, que acabou por cair no mar. Meio atordoado, Manuel tentou socorrer o filho, atirando-lhe um remo para este se agarrar. Adérito, apesar da tenra idade, conseguiu agarrar-se ao remo com toda a sua força. No entanto, em virtude de uma inédita conjugação de ventos, rapidamente foi afastado do barco do seu pai, perdendo-se no horizonte, sem que este o conseguisse salvar.
Após três dias à deriva no mar, Adérito deu à costa na praia de Bristol, em terras de Sua Majestade. Por sorte, aí foi recolhido pelo célebre guitarrista Keith Richards que, ao vaguear pela praia em busca de uma rara alga alucinogénea, avistou Adérito, meio desfalecido, ainda agarrado ao remo já partido.
Keith levou o rapaz para sua casa e deixou-o numa pequena dispensa onde guardava velhas guitarras, latas de atum e umas garrafas de whisky novo.
À míngua de brinquedos próprios para a sua idade, Adérito começou a brincar com as velhas guitarras de Keith. Mas Keith não podia ficar com Adérito por muito tempo. Possuía já uma grande quantidade de plantas para cuidar, pelo que não tinha tempo para educar uma criança. Levou-o então para casa de uma amiga solteira que vivia em Cambridge, Lucy Bellamy.
Lucy aceitou o miúdo e criou-o como se fosse o seu próprio filho. Ensinou-o a falar inglês e mudou-lhe o nome para Matthew.
Keith continuou a ver o pequeno, semanalmente, e decidiu dar-lhe algumas lições de guitarra.
Adérito aprendeu a tocar, criou uma banda, os Muse, e tornou-se na estrela internacional que é actualmente.
A letra da música "New Born", escrita por Matthew, é, nitidamente, um relato íntimo desta sua experiência pessoal. Veja-se, por exemplo, as seguintes passagens: "When you've seen, seen,/ Too much, too young, young" (...); "Hopeless time to roam/ The distance to your home/ Fades away to nowhere(...)"; "Wasting our last chance/ To come away/ Just break the silence/ Cause I'm drifting away/ Away from you".
Apesar de tudo, embora possua apenas ténues reminiscências da sua família biológica, Matthew Bellamy não nega os laços de consanguinidade que o unem ao seu irmão gémeo, tendo decidido dedicar uma música ao seu talento futebolístico: "Supermassive Black Hole".
O Destino ainda tentou emendar a mão, tentando aproximar os dois irmãos, quando Hélder se mudou para Tottenham na época 2003/2004. No entanto, a inabilidade futebolística de Hélder cedo o trouxe de volta à pátria, não dando ensejo ao Fado para voltar a unir o que separara vinte anos antes.
Manuel Postiga, actualmente reformado, tem apenas um desejo que gostaria de ver concretizado antes de morrer: ver os dois filhos reencontrarem-se... quem sabe em cima de um palco em pleno concerto no Estádio Alvalade.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Capa do ano



Palavras para quê? É, sem dúvida a melhor capa do ano.

A ver vamos é se o Jorge "Terminator" não gastou os cartuchos todos de uma assentada.