domingo, 28 de dezembro de 2008

POST ZERO

Nascer, crescer, envelhecer, perecer, morrer; tanto verbo da dita segunda conjugação (terminação em "er")... Será isto alguma conspiração entre a idade e o "er", em desfavor de outros como o "ar" e o "ir"? Está bom de ver: a referida conspiração é tão-somente a resposta ao infeliz conluio das rabanadas de vento, conjuriadas entre o "ar" e o "ir".
Ao fundo, emergem já movimentos anti-exclusão, em defesa do "or", parente pobra das conjugações (dito um louco devaneio ou bastardo do "oer", resultado da queda da segunda vogal). O "ur", esse, só um doidivano alienado defende que existe, num exercício de quimera absurda.
Toda a gente sabe, dentre os latinistas, que "ab" não abre, mas simboliza a preposição "para"; assim se percebe o significado da palavra "absurda": para surdos, como quem exclama: "Para não ser considerado. Siderados, não doentes, mas apenas fulminados, pelas balas ou por algum colapso nas minas.Bem, chega de ludo informático, vulgo "mineswepper.
E eu mais não faço do que aceitar o desafio. Mas dez a fio já não aceitaria... nem com a Raquel nem com a Maria. Há alturas em que um homem tem de admitir: Merda, não sou capaz, capataz! E o reconhecimento da incompetência ainda é uma virtude. Como diz o outro: "Ao menos admito." Para o mito então seja, de acordo com o ilustre latino-estalinista SR, esse homem que vê o alfabeto através de um espelho. "O mito é o nada que é tudo" de acordo com um certo bigode, tomando a tarte pelo tolo.
Lobisomens, hidras, unicórnios ou mulas sem cabeça, todos têm em comum o facto de nada terem em comum. É a chamada comunhão de inquiridos. Basta perguntar-lhes e concordarão com o Pessoa, todos excepto o Lobisomem que não sabe apertar os cordões... mas que também não anda calçado. E calçado que andasse até dava uma ajuda. Poupavamos as pernas. Não fossem pisar uma mina informática e fazer "explodur" o universo. E aí, no fim, seria o verbo... de vazar.